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= ABELHAS INDÍGENAS CUIDADOS GERAIS =

Em épocas de escassez de flores, pode ocorrer falta de alimento nas colmeias, especialmente em áreas superpovoadas. É importante que o meliponicultor verifique, periodicamente, o estado de suas colméias e, em caso de fome, alimente-as com mel de Apis dissolvido com 20% de água limpa (8 partes de mel para duas partes de água) ou xarope obtido pela mistura de uma parte de açúcar, ou rapadura e uma parte de água. A mistura é fervida, e depois de fria, pode ser utilizada para alimentar a colônia.

O alimento deve ser colocado em um alimentador, que pode ser um pedaço de mangueira transparente fechado com algodão. Coloca-se o mel ou xarope dentro e fecha-se a outra extremidade também com algodão, fazendo com que este se embeba no xarope. O alimentador é então posto dentro da colméia, tomando-se cuidado para que não vaze.

Dadas as características biológicas das abelhas, elas são bastante sensíveis à endogamia, cruzamento entre parentes, por essa razão, o meliponicultor precisa ter em seu meliponário, no mínimo, 40 colméias de cada espécie que esteja criando. Isto não é necessário caso o meliponário esteja instalado em ambiente onde esse número de colméias possa existir na natureza.

As abelhas, em geral, são insetos muito importantes para a polinização e devem ser preservadas. Uma das formas de se fazer isso é preservar colônias naturais. O meliponicultor deve preocupar-se em coletar apenas as colônias que estejam correndo risco, procurando, sempre que possível, não derrubar árvores com o único intuito de coletar colméias dessas abelhas.

As abelhas mais comuns na área onde está instalado o meliponário devem ser as preferidas pelo meliponicultor, desde que atendam aos seus objetivos. Na tentativa de obter colméias de abelhas raras na região onde se encontra, o meliponicultor pode inadvertidamente estar contribuindo para a extinção destas abelhas, pois muitas delas não se adaptam às condições de criação.